Escola Florestan Fernandes
Outubro de 2011
Pare e pense sobre belas e sábias reflexões escritas por alguns alunos da turma 42-13 (14 anos). Tema: A VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS
PARABÉNS ALUNOS(AS): VOCÊS FORAM DEMAIS!
A violência na Escola é um assunto importante. Mas ela não é combatida o suficiente na Escola. Entre os alunos a violência verbal é constante como, por exemplo, as piadinhas e brincadeiras de péssimo gosto, entre elas a “lutinha” e os apelidos feios.
O bullying afeta o aluno. Nenhum aluno quer ou merece passar por isto, e esta é uma realidade que mexe profundamente com o emocional. Pode levar anos para a pessoa se curar interiormente. E, na sua maioria, as pessoas não percebem a necessidade de um tratamento.
A violência fora da Escola é também perigosa e de diversos tipos. O tráfico de drogas afeta profunda e amplamente a nossa sociedade hoje. Este tipo de violência pode ser considerado uma das causas principais das mortes e atitudes terríveis dos adolescentes.
O papel da Escola é fundamental para que diminua a violência através de alertas constantes aos alunos. Os pais também devem educar seus filhos com mais limite e discernimento entre o certo e o errado; e não ao contrário, mostrando qualquer tipo de violência dentro de casa como brigas, palavrões, humilhações. A participação dos pais e da Escola é sumamente importante na educação e ensino da criança e do adolescente.
Alessandra dos Anjos Chaves
Hoje em dia não são mais os filhos que enterram os pais, são os pais que enterram os filhos. O mundo está muito agressivo, muita droga. Hoje você não vê falar mais que morreu um idoso ou que morreu um adolescente por alguma doença; você escuta falar que morreu um jovem porque mexia com droga ou morreu por overdose.
Também são filhos matando os pais, alunos matando professores, etc. Hoje em dia ninguém vê o lado do outro é cada um por si. Na Escola também tem muita violência, não só de alunos, mas também de professores.
O ser humano hoje em dia está muito sem amor; ainda há muito ódio no coração. Parece que não há solução para esses problemas. Insisto: está faltando amor no ser humano e, em primeiro lugar ele tem de amar o próximo como ama a si mesmo. Com que direito alguém pode tirar a vida de uma pessoa? Como alguém pode abortar uma vida que há dentro de si ou contribuir para que tal ação aconteça? Isto é coisa de gente sem amor!
Será que as coisas têm de continuar assim? Até quando isto vai continuar? Onde está a causa de tanta falta de amor? Será que o MEC e as instâncias da educação valorizam a prevenção destas questões?
Carolina Martins de Oliveira
Em pleno século XXI existe pai matando filho, filho matando pai. Que mundo é esse que não tem informação, instrução, ensinamento suficiente? O que a Escola tem a ver com isso? O que podemos fazer em relação a essa questão? O que acontecerá se não tomarmos uma posição frente a este problema?
A informação é uma possibilidade muito importante para o ser humano. Em meio a tanta violência em pleno século XXI, tanto as crianças como nós adolescentes e adultos poderíamos ser muito bem instruídos e capacitados para ter uma consciência atuante de que todo ato violento não é uma boa ação em todos os sentidos.
A Escola é um espaço fundamental para nosso desenvolvimento mental e físico. Por que será que ainda não temos na Escola, trabalhos, palestras, conversas as mais diversas sobre a violência? Por que a conscientização não é forte o bastante nas Escolas? Será que é porque as crianças não podem ouvir essas “coisas” por serem muito novas? Ou será que é por falta de vergonha na cara que o Governo ainda não implantou uma regra, ou melhor, uma lei em relação aos atos de violência, obrigatória para instruir passo a passo todos os que passarem pela Escola?!! Esta é uma idéia não somente minha; outras pessoas pensam o mesmo, inclusive da nossa comunidade.
Uma sugestão que perpassa a comunidade é que deveriam existir postos onde a administração municipal e representantes das comunidades recebessem as opiniões de toda a população; opiniões sobre o que fazer para combater a violência. Penso que esta seria uma iniciativa que ajudaria muito.
Se ninguém tomar alguma providência sobre a violência será que os governantes vão gostar de tudo que irá piorar para eles também? Se esta é uma situação que piora para a população vai piorar para o famoso bolso do governo.
A previsão para o futuro deste mundo de violência é a matança, a discórdia, a destruição da família, mais filhos matando pais, pais matando filhos, drogas dominando a mente. A saúde já não é razoável, imaginem os tratamentos para os problemas daqui alguns anos! Os problemas triplicarão. Como vai ser isto?
Só tenho uma coisa a dizer, que venha pesar na consciência de cada um daqueles que lêem este texto e, principalmente, daqueles que tem o “poder” de agilizar as mudanças; que têm o poder de colocar os nossos pedidos em prática. Pensem bem o que cada um de nós, de todo o mundo, está fazendo para contribuir para a vida, para a paz, no lugar da violência, da morte, da destruição.
Daniela Cristina
Hoje em dia qualquer lugar em que você se encontra tem violência, inclusive dentro da própria casa. Pais, mães, filhos! Uma criança que vê constantemente a violência tenta colocá-la em prática; e se coloca a violência em prática pode achar que não há problema nisto porque viu seus pais ou irmãos praticando-a. Muitas vezes os próprios pais ensinam seus filhos a brigarem.
Pouco tempo atrás os assaltantes roubavam as pessoas e fugiam, mas hoje eles estão roubando e matando. As pessoas pagam para matar. Como se a morte resolvesse os problemas, mas eles somente aumentam. As dívidas por drogas sempre tem ameaças imediatas de morte. Aumenta o número de mortes entre marido e mulher por causa de dinheiro. Nos jornais lemos e ouvimos constantemente mortes nas famílias por pequenas discórdias. Nas Escolas alunos ofendendo colegas, professores, diretores; ofensas que vão se ampliando até as tentativas de assassinatos. Também professores agredindo alunos, perdendo a paciência. Mães ou pais que vão brigar na Escola por razões de práticas anteriores de violência. A violência está dificultando a vida. As Escolas não falam sobre a questão da violência como a questão exige. Precisamos de segurança interna e externa.
Se todos colaborarem e caminharem contra a corrente da violência teremos um mundo melhor, com mais segurança. Os pais precisam dar o exemplo aos filhos. Os pais futuros somos nós!
Geise Kelly dos Santos
O nosso país está repleto de violência. Os nossos governantes, os prefeitos, deputados têm de lembrar das suas promessas ainda não cumpridas. No vai e vem do cotidiano estes eleitos não cumprem o que prometeram, cumprem outras demandas. Estes eleitos ganharam os nossos votos, sobretudo pelas promessas que fizeram. Mas contribuir no combate à violência, nada.
A presidenta Dilma deve prestar muita atenção! Estão faltando quase três anos para a copa do mundo e a violência aí aumentando. Nas Escolas, nas ruas, dentro de casa... Como o Brasil vai reagir frente à violência durante a copa? A prevenção tem de começar agora. Com violência não seremos vitoriosos. Sem segurança reina-se o medo. Num evento desses, culturalmente animadíssimo, sem a adequada prevenção da violência a catástrofe pode ser grande. O Brasil pode brilhar mais digno, mais humano e ser um exemplo para o mundo. Porém, precisamos sair de casa para curtir os jogos mais descontraídos sem o medo número um, o medo não imaginário da violência.
Muita atenção deve-se dar às Escolas. Falta segurança na porta de entrada. Não há guardas para a função. Quem comanda as nossas cidades, prefeitos, deputados, vereadores parece despreocupado com isto. E a comunidade também está paralisada. Uma revisão há de ser feita. Não dá para apenas prometer, ganhar os votos e deixar como está para ver como é que fica.
A colaboração deve vir de todos para diminuir a violência. Cada um fazendo a sua parte: políticos eleitos, corporações da polícia, torcidas organizadas, entidades religiosas e governamentais, famílias, Escolas... Precisamos desta parceria em prol de uma causa nobre: buscar todas as formas de combater a violência.
Igor Mendes dos Santos
A violência hoje no mundo cresce cada dia mais. Pessoas matam outras por causa de dinheiro, namoro, mulher etc. E nas Escolas a violência também cresce. São brigas, discussões, humilhações, alunos que não respeitam mais os professores e até mesmo mortes nas Escolas.
As brincadeiras, o lazer, para as crianças passam violência. Muitos filmes, por exemplo, implantam violência. As crianças brincam de atirar, muitos programas de humor são feitos de pura humilhação uns dos outros, e assim por diante. No meio da população brasileira cresce a violência: assaltos, brigas, ciúmes, drogas, poder, riqueza... São realidades que tem comandado os seres humanos de forma destrutiva e mortal. Na verdade é uma guerra. E os alunos trazem a violência para dentro da Escola.
A Escola já ajuda os alunos a superarem a violência. Sugiro que haja mais conversa com os alunos sobre o que eles vivem e sentem a respeito do problema da violência. Os alunos devem viver em comunhão, sendo amigos e aprendendo a respeitar a todos. Os gestores podem colocar grades, câmeras e até guardas na Escola, mas apenas isto não resolve a questão da violência, apenas soluciona alguns problemas. A questão passa pela informação precisa e eficaz, pelo diálogo com os alunos, com as famílias, com a comunidade. Muitos enfoques devem ser dados sobre o problema da violência, não só na Escola, com a finalidade de deixar nossas mentes mais livres, ou seja, nos educar para sermos verdadeiramente livres. A violência apenas nos prende, não nos liberta.
Israel Faquesi Maciel Silva
Gostaria de comentar o caso do aluno que tentou matar a professora e depois se matou. Este menino certamente não sabia administrar a vida dele. Sei que ele fez o errado, mas não devemos culpá-lo totalmente. Os pais e todas as pessoas que envolvem a vida de uma criança e de um adolescente precisam ensinar, observar e ter mais autoridade sobre o que contribui para a vida e o que dificulta ou destrói a vida. Ou seja, nós chamamos isto de “o que é certo e o que é errado”.
O autocontrole seria um ponto forte para a tragédia não ter acontecido. A pessoa precisa de ajuda, ensinamento para manter o equilíbrio. Um equilíbrio que deve vir de dentro da pessoa. Pais, familiares, autoridades em prol da população em geral deveriam se preocupar mais com isto. Desde gestos simples até os mais complicados, todos contribuem para a formação das crianças e dos adolescentes. Um exemplo: Só de um pai chegar e perguntar o filho como foi hoje na Escola e, de fato ouvi-lo, já se fez uma experiência eterna e positiva na formação deste filho. Mas também não adianta só os pais compreenderem isto. Todos os envolvidos na vida destes novos. No caso da nossa Escola Florestan devemos agradecimentos, eu vejo tentativas sensatas de limpar a violência. Todas as pessoas envolvidas na educação devem passar, das mais variadas formas, uma formação íntegra e segura às crianças e adolescentes, para que assim um dia eles ajam por si, de forma equilibrada mediante as emoções. Para que elas aprendam agir a partir de uma segurança principalmente interna, de dentro para fora. Pois o que leva as nossas decisões serem corretas ou sensatas tem tudo a ver com o que recebemos e implantamos em nosso comando interno. Torna-se um perigo quando desenvolvemos de forma não saudável a nossa personalidade.
Dessa forma o ato do menino de 10 anos tentar matar a professora demanda uma ampla reflexão. Não cabe a mim julgar o que realmente houve, mas trata-se apenas de chamar para uma reflexão sobre a formação para o autocontrole. Qual seria o suporte interno já implantado na vida deste menino? Como era o olhar atento, quase que de raio X da família e de todos os responsáveis, na formação cotidiana deste garoto? Se o garoto já pudesse ter um autocontrole, apenas ele poderia ter evitado a tragédia. O autocontrole é uma das mais importantes formas de segurança.
O que me impressiona é que os jornais, a mídia em geral, falam apenas da tragédia em si entre a professora e o aluno. A mídia, quase sempre, em seus relatos parece mais fomentar a violência. Como fica a questão da prevenção? Como fatos deste tipo podem ser evitados? Quais os problemas não resolvidos que levam a tamanha violência? Será apenas uma maldade individual? Ou todo o coletivo falha? E os colegas daquela Escola? E a formação da personalidade das crianças e dos adolescentes?
Wesley Junio Rosa
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